O YouTube divide a receita de anúncios com produtores de vídeo desde 2007* (45% para o Google e 55% para o produtor*, reza a lenda).
Com “+ de 1 Bilhão”* de usuários, o lucro líquido do YouTube (apenas do YouTube) foi cerca de US$ 5.58 Bi em 2016*, comparado aos US$ 10.22 Bi de lucro líquido do Facebook* no mesmo período.
A diferença é que o faturamento do Facebook com vídeos provavelmente ainda é tímido, a ponto da receita deste formato ainda não ser divulgada nos relatórios quadrimestrais de investidores. Ainda. Mas isso tem GRANDES chances de mudar. Leia até o final.
A divisão das receitas de anúncios em vídeos no Facebook tem sido falada desde 2014*, mas o que rolou até hoje foram “apenas” alguns testes com poucas super-celebridades, grandes empresas e produtores de conteúdo.*
Dividir a receita de anúncios para estimular os produtores de conteúdos originais a também postarem seu conteúdo integralmente no Facebook – e não somente no YouTube – é mais do que uma oportunidade imensa, é, também, uma necessidade.
Explico: a base de usuários do Facebook continua a crescer, mas, aparentemente, numa velocidade menor do que a velocidade de crescimento da quantidade de anúncios. Com isso, o espaço para anunciar vai se tornando cada vez mais concorrido, consequentemente, custando mais, o que deve diminuir a velocidade de crescimento das receitas com eles. Essa diminuição do ritmo de crescimento futuro foi afirmada* pelo Dave Hehner, CFO/Diretor Financeiro do Facebook, em uma apresentação de resultados, em novembro do ano passado.
Apenas aumentar a quantidade de anúncios poderia prejudicar a experiência da rede social, o que seria um tiro no pé.
Além de continuar expandindo a base de usuários e continuar criando novidades que ajudem a trazer mais resultados para nós, anunciantes (sem atrapalhar a experiência dos usuários), uma excelente solução pode ser a criação de novos espaços relevantes para aumentar o inventário de anúncios.
E É AÍ QUE ENTRAM AS NOVIDADES ANUNCIADAS ONTEM:
1. MONETIZAÇÃO DE VÍDEOS SOB-DEMANDA:
O Facebook começou a testar um formato de anúncio chamado “Ad Break” (algo como “Intervalo Comercial”, no português) que permite que produtores de conteúdo autorizem a exibição de anúncios no meio de seus vídeos originais e dividam a receita com a rede social. Uma fonte afirma* ser a mesma divisão do YouTube, 45% p/ o Facebook e 55% para o produtor. Se estes testes que estão rolando nos EUA forem bem sucedidos – e espero muito que sejam -, parem pra pensar no que isso pode significar. Pode estar nisso a possibilidade de geração de mais alguns bilhões de faturamento para o Facebook, assim como para os milhares (quem sabe, milhões) de produtores de conteúdos originais que hoje não postam seus vídeos completos no Facebook. Produtores poderão excluir certos anunciantes e anunciantes terão a opção de não exibir o anúncio dentro de vídeos com temas “sensíveis”.*
É simples assim? Claro que não. Até mesmo por causa da pirataria de conteúdos roubados (do YouTube por ex) e postados no Facebook, por fontes não originais. Em abril de 2016, após tantas críticas a respeito, o Facebook lançou a ferramenta “Rights Manager” (Gerenciador de Direitos Autorais) para combater a pirataria, prática também conhecida como “freebooting”.
A colega Thais Nese flagrou um destes testes de “Ad Break” em vídeos sob-demanda. Ela estava assistindo um vídeo de 5:23 da Ellen DeGeneres e, após um certo tempo, foi surpreendida por este anúncio de 0:15 não pulável, mostrado na imagem abaixo. Outras informações sobre esta novidade podem seguir algumas das especificações da novidade a seguir.
2. MONETIZAÇÃO DE VÍDEOS AO VIVO/LIVE:
Após 4 minutos de Live, Páginas e Perfis elegíveis nos EUA já podem fazer o 1º intervalo comercial (“Ad Break”) e outros adicionais com no mínimo 5 minutos de intervalo entre eles. Cada intervalo (que tem a exibição do anúncio) deve durar no mínimo 15 e no máximo 20 segundos, lembrando que são não puláveis. Os requisitos para ser elegível são: ter no mínimo 2.000 seguidores e ter atingido 300 ou mais espectadores simultâneos em uma Live recente.
3. AGORA TODOS PARCEIROS ELEGÍVEIS DA REDE DE PÚBLICOS (“Audience Network”) PODERÃO GANHAR DINHEIRO AO EXIBIR ANÚNCIOS DE VÍDEO “IN-STREAM”:
Não sabe o que é a “Rede de Públicos”? Entenda, aqui: fabio.ly/RedeDePublicos – Estes parceiros do Facebook agora poderão exibir anúncios em vídeo do Facebook em seus aplicativos e/ou sites. Parceiros dos EUA exibindo este formato de anúncio têm monetizado CPM’s na média 52% maiores que outros parceiros de monetização.
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Desejo muito que item 1 e 2 obtenham sucesso nos testes e, caso tenham, que sejam liberados para todos nós anunciantes. Como usuário do Facebook & como anunciante, o que você achou das novidades?
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Fonte oficial da notícia: fabio.ly/MonetizacaoFacebook
Outras fontes de pesquisa que usei para este post: fabio.ly/fontes-2017-02-24